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“Uma vida sem amor é como árvores sem flores
e sem frutos. E um amor sem beleza é como flores sem perfume. Vida, amor,
beleza: eis a minha trindade.”
― Khalil Gibran
Um buquê de mulheres – e eis o perfume
Plumerias, violetas, glicínias, gérberas
Eis o olor do cio mavioso do corpo feminino
Como um hino sacro dos santos anjos
O cheiro tem um som que habita a pele
- Sutis gemidos ciciados – rosa flor
Mel que sangra na colmeia em chamas
Ritos primaveris nos jardins da musa
Vestidos azuis de uma borboleta de luz
Gardênias e lírios, sândalo e verbenas
Perfumam as asas – a fonte, os montes
Da mulher deitada em lençóis de linho
Perfume e vinho – boca devotada a recitar
Língua faceira que passeia estrada a fora
O olhar penetrante – a raiz penetrante
O ato – o feitio feitiço que viola jasmim
A fenda secreta – coberta de capim real
A fragrância que fica – o orgasmo volátil
O perfume do lenho – o fumo que queima
A fogueira dos deuses – a mão do perfumista
O alquimista – a sina da puritana, a senha da
puta
O cheiro de moça – a mulher da tez de trigo
A cortesã: pele de louça
Todas amadas – aladas – perfumadas
- Qualquer mulher cheirosa para uma guerra.
-
Radyr Gonçalves
© 2017
Todos os direitos reservados
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