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O verso me vem como uma gripe
Como um velho Jeep sem freio
Lira absurda – pira maluca – devaneio
O verso me vem de vidro
De barro, de carne, de sangue
Das ruas, dos guetos, das gangues
Eu desconheço a inspiração
Esse bicho nasce no chão?
Na melosidade de uma paixão?
O verso me vem de surto
De coisas que não curto
De fatos que tanto minto
De agruras que nem sinto
Das pernas da moça desconhecida
Que nunca mais verei
Do ponto nulo do não sei
Do vácuo, da escuridão, do éter, da luz
Do lugar nenhum
Do feijão, do arroz, do cuscuz.
-
Radyr Gonçalves
© Copyright 2017
Todos os direitos reservados
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De onde, não sei!
Sua inspiração encanta!
tum tum tum