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Minhas
queixas vespertinas não mais sensibilizam os pardais
As
gaivotas se fazem hostis aos meus dilemas
E
a brisa sopra ao norte quando chego
Estou
propenso à solidão
Vou
plantar cássias para colher magnólias
Vou
colher luas e saborear marés
Preciso
sair deste escafandro
E
nadar etéreo, profundo
Preciso
tecer um mundo
Sem
insônia, sem Propofol
Há
um estimulo além das grades
Noto
sorrisos impossíveis
E
sonhos depois das guerras
É
urgente minha ânsia de ressurgir
Equilibrar
minhas manhãs
Ciciar
para o tempo
Enterrar
as queixas
E
viver
Meu
sistema endócrino está um pandemônio
Ou
paro e começo a moldar poesias de nuvens
Ou
à tarde, os pardais, a brisa, o mar
Irão
de fato, me abandonar...
Morrerei
como morrem as ondas no encontro das pedras?
-
Radyr Gonçalves
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