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Uma corça corre floresta adentro
Vagueia entre as tipuanas e os jequitibás
Loira corça dos meus tantos sonhos
Cantiga antiga de maio
Que se repete pelos ecos das eternidades
Fora da zona do meu destino – segue
Deusa de todas as raízes
Barca, âncora, farol, luz do litoral
Ainda ouço o uivo dos ventos
E a silhueta apressada dos anjos
As promessas que bailam soltas
Como folhas secas de outono
Indo-se
Distante dos meus meridianos – cavalga o fogo
Vela, vulcão, aurora boreal
Ave de arribação
Revoada...
(Corça amada)...
Dona da ilha, senhora da praia, rainha do mar
Deusa das pedreiras
Laiá, laiá, laiá...
Poesia para pescador cantar.
-
Radyr Gonçalves
© 2007
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