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Todo poema é uma lâmina procurando um pulso
Um rock calcificado nas cartilagens das asas de um corvo
Um desencontro de verbos que sangram
Todo poema é um homem olhando para o fundo de um poço
Um jovem homem velho sentando numa pedra suja de lodo
Um desencanto amarronzado – um sapo
sem pântano...
Todo poema é um escoar de alma – um limo
azedo
Um enredo além/Almodóvar – um
gemido de lobo acuado
Um leão solitário no cerne amarelo/pálido de uma savana
Todo poema é um labirinto escorregadio – paredes
brancas
Marcas de mãos – passos
lentos – olhares de solidão
Todo poema tem que provocar arrepios – frio na
barriga
Nó na garganta... Ou é então é um poema inútil.
-
Radyr Gonçalves
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