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Minha poesia atravessa as noites sem
perceber a lua dos poetas
A cama dos amantes
O caminho dos elefantes
O milagre azul
A insônia pertinente nos meus versos
dialoga com o vazio
Com o submundo dos pernilongos
Com a alma das paredes
Com as bocas assombradas do mofo nas
telhas
Minha poesia atravessa o vale sem
perceber as campinas
A ciranda das meninas
A silhueta das fadas
O mistério violeta
Os pântanos são lugares comuns nos meus
versos ruins
Sei tudo sobre morcegos
Solidão de ilha
Faróis cegos
Armadilhas sobrenaturais
Todos os dias quando a noite cai
O poeta que habita em mim acorda
E eu sou obrigado a atravessar as noites
Vagando por um deserto de papel
Sem a dádiva de olhar o céu
E contemplar a lua
(Como fazem os outros sobreviventes).
-
Radyr Gonçalves
Copyright 2017
Todos os direitos reservados
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