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Aquela força debilmente desfeita
Aquele ponto quebrado da vontade
eleita
O leite derramado...
Há um fantasma residindo por entre os caibros
Mudo, vulnerável
Mas que teme em querer assombrar os
moradores desse lugar
Permaneço lúcido
Mas essas teias de loucura me
perseguem
Há um desespero nos meus olhos
Não me faltam verbos
Folhas, sementes, frutos
Tento fugir, mas luto
Quebrando as taças da bipolaridade
astuta
Há um remendo de novela em páginas
velhas
Enredos secos, tolas falas
Permaneço escrevendo
Mas nada em mim tem lógica
Minha poesia não é trágica
Meu poema não é bélico
Tento engavetar esses desabafos
Mas as gavetas vomitam esses traços
E eu sou obrigado a contar verdades
Disfarçadas de mentiras
Tolices e medos...
-
Radyr Gonçalves