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Aquele bicho leonino
Que desde menino
Sonhava contradições
E gostava de voar
De olhar a savana do alto
Que só pisava no asfalto
Em extremo caso de urgência
Que sabotava a penitência
Que rasgava o rol de castigos
E que carregava consigo
O universo além do umbigo
E sempre voava só
Aquele bicho faceiro
Que tomava a presa ligeiro
Que conheceu mais o céu que a terra
Que sabia que a história se encerra
Em algum último pôr de sol colorido
Deu seu último rugido
E morreu.
-
Radyr Gonçalves
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