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Tenho o hábito de escrever desproporcionalidades
Exageros, destemperos de versos
Diversas mentiras falando de amor
Coisa de quem tem o coração de robô do
século XXI...
É comum eu morrer aos domingos
Depois da missa, depois do bingo
Depois que as moças dobram a esquina
da rua principal
É fatal
Mas minto mal
E não sou peregrino
Não conheço os mundos
Vivo trancado no absurdo do meu quarto
amarelo
Ouvindo sinfonia de ácaros líricos
Bancando Mozart
Bancando Ícaro
Sonhando em sair voando pelas brechas
da janela
É comum em mim descomedimentos
Preciso disso para levitar
Para sair desse chão comum
E assim poder observar a loucura do
alto...
-
Radyr Gonçalves