- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
O ineditismo daquele poema
Era o meu teorema
Aquela coisa complicada
Aplicada na veia
Anuviando o céu dos meus olhos...
Era inédito e nu diante do espelho
Era nu, ígneo, assaz vermelho
Inédito – tinha crédito de poesia
E era
Tinha uma manivela que quando a gente
girava
Fluíam samambaias, ninfetas aladas
E um mar verde/único com sereias cantantes
Inédito e cósmico
Concreto e químico
Livre entre cadeados
Presa entre fios líricos
Era inédito e avassalador
Redemoinho na xícara de café
Chá de torvelinho verde
Levado por ventos mais fortes
Para além da barreira da inspiração...
Perdi o poema, fiquei sem chão.
-
Radyr Gonçalves de Araújo
© 2016 -Todos os direitos reservados