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A alma do asfalto que piso
Os prédios cinza
As ruas abarrotadas de
fantasmas
Eu, meu medo e minha asma
Ribeirando o Potengi
Flertando nuvens
Empalhando barcos mortos
Reverenciando o mar
Riscando o céu
O embaço nas retinas das
pessoas
As mentiras que me contam
Sobre elas, sobre mim, sobre
as dores carmesim
Eu, meu jumento e meu capim
Refazendo pontes
Ajudando partos
Recolhendo o lixo
Fixo
Nos terrenos das
inquietações
Regando plantações
Observando naves
Alienígenas vez por outra
Visitam Genipabu
É que às vezes eles se
disfarçam
De vendedores de ginga com
tapioca...
E nem são notados
(Mas eu sei quem são eles).
-
Radyr Gonçalves de Araújo