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Outubro –
traga-me o óbvio
Uma bandeja
de ovos
E um cesto
de pão
Traga-me
inspirações comuns
Com lugares
insólitos
E imagens de
multidões de borboletas
Tomando a
Avenida Paulista
Ou a
Esplanada dos Ministérios
Exigindo
primavera
Outubro –
traga-me a rima que não assola
Um engradado
de Coca-Cola
E notícias
mais azuis
Traga-me
revelações metafisicas
Bolinhas de
sabão
Portais
quânticos
E imagens de
caracóis escalando o Cristo Redentor
Ou dezenas
de pavões tomando
A Rainha da
Borborema
Outubro – te
ornarei de poesia
Se prometer
ser bonzinho
E soprar no
meu ouvido
Os poemas
escondidos
Das terras
de São Saruê.
-
Radyr Gonçalves
Natal, 01 de outubro de 2015