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A morte, em marte
É arte
Cadáveres russos, chineses empalhados
Americanos enganados
No paradoxo vermelho
Há uma cidade macabra
No telúrico estranho encarnado
Que não aceita visita
Que não divide o quintal
Que não faz festa com cotas
Nem com reggae ou carnaval
Há uma guerra silenciosa entre os silicatos
O sangue seco seca na rocha
A lágrima doce no tinto
É tinta, arte, poesia
Na falta de agonia
Da frieza marciana...
Em Riachinim
Ninguém toca nas calotas
Ninguém cava barrocas
Ninguém ataca, ninguém se toca
Ninguém se olha
Ou compartilha...
Há um poema escrito nos atalhos dos desfiladeiros
O ligeiro não consegue lê
A águia não consegue vê
É uma profecia Cheetah
(Os Maias dos marcianos)
A praga dos oceanos secos
Vermelhos
É uma liturgia sacra
Que conta da morte dos invasores
Dos detratores, dos divisores
De naves caídas, de foguetes terráqueos
De astronautas sem vida
Tecidos em quadro
De arte, em marte.