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Frida Kahlo morta na parede
Eu deitado na rede
Vendo almas transeuntes espiando o trem
O trem do meio-dia do sábado
Sem paz, maltrata os trilhos
Não há risos, só carrancas, sem veias, sem brilhos
Minha verve cinza, se esvai
Junto com a fumaça do trem
Eu não tenho meu bem aqui comigo
Olho pro trem, olho pro umbigo
E o mundo vai além
Do cheiro do Diesel
Da pintura Mexicana
Das águas de Maceió
E eu aqui tão só
Vendo Frida Kahlo
Fantasma de parede.
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Radyr Gonçalves
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