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Minhas queixas vespertinas não mais sensibilizam os pardais
As gaivotas se fazem hostis aos meus dilemas
E a brisa sopra ao norte quando chego
Estou propenso a solidão
Vou plantar Cássias para colher Magnólias
Vou colher luas e saborear marés
Preciso sair deste escafandro
E nadar etéreo, profundo
Preciso tecer um mundo
Sem insônia, sem Propofol
Há um estimulo além das grades
Noto sorrisos impossíveis
E sonhos depois das guerras
É urgente minha ânsia de ressurgir
Equilibrar minhas manhãs
Ciciar para o tempo
Enterrar as queixas
E viver
Meu sistema endócrino está um pandemônio
Ou paro e começo a moldar poesias de nuvens
Ou à tarde, os pardais, a brisa, o mar
Irão de fato, me abandonar...
Morrerei como morrem as ondas no encontro das pedras?
-
Radyr Gonçalves
Copyright 2011
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