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Meu verso virgem
Meu sulfite intocado
Minha caneta mimada
Meu verso perverso
Cheio de manhas
E atrevimentos
É para o teu deleite, querida...
Meu trágico modo de escrever
Minhas perversões
Minhas taras noturnas
Meus rascunhos de seios – no quadro mal pintado –
São esboços dos meus delírios, amor...
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Radyr Gonçalves
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