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Tarde velha
As rugas do pôr do sol
Perderam o prisma
Eu preciso refazer esta estória
Derrubarei as muralhas
Farei esfinges
De barro, bronze, pau de carvalho
Plantarei um jardim
Com acidálias, adelfas e boninas
Deitarei uma virgem no gramado
Fazendo pose pagã
Armarei ninhos para os pardais
Tecerei em versos
Colméias, teias e trilhas
Meninos empinando pipas
Velhos jogando xadrez
Mulheres bordando fofocas
Nos pés dos flamboyants
Sentarei
Rezarei pelas águas
Pelos ventos
Pelos anjos
Pelos deuses doentes
Fitarei ao longe, prados, campinas
E lá no fundo uma casinha de barro
Quando tiver tudo em ordem
Aí sim, a noite pode cobrir meu cenário
Ficarei cheio de luzes
Quando a lua lá do céu
Olhar eu me recolhendo e dizer:
- Lá estar o construtor de tardes.
-
Radyr Gonçalves
As rugas do pôr do sol
Perderam o prisma
Eu preciso refazer esta estória
Derrubarei as muralhas
Farei esfinges
De barro, bronze, pau de carvalho
Plantarei um jardim
Com acidálias, adelfas e boninas
Deitarei uma virgem no gramado
Fazendo pose pagã
Armarei ninhos para os pardais
Tecerei em versos
Colméias, teias e trilhas
Meninos empinando pipas
Velhos jogando xadrez
Mulheres bordando fofocas
Nos pés dos flamboyants
Sentarei
Rezarei pelas águas
Pelos ventos
Pelos anjos
Pelos deuses doentes
Fitarei ao longe, prados, campinas
E lá no fundo uma casinha de barro
Quando tiver tudo em ordem
Aí sim, a noite pode cobrir meu cenário
Ficarei cheio de luzes
Quando a lua lá do céu
Olhar eu me recolhendo e dizer:
- Lá estar o construtor de tardes.
-
Radyr Gonçalves
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