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Já é quinta!
E eu estou vivo – ainda –
Pelejo pra morrer
Não morro...
Eu queria morrer de silêncio
Mas o silêncio não me mata.
Daí eu gemo, grito, esperneio, agito...
E nada da morte vir
E nada da morte ver
Minhas pantomimas na janela...
Ainda sinto meu pulso
Meu respirar, meu sopro
Ainda sinto a poesia tremer
A pena clamar
Quer rimar
Maldita!
O que rima com morte, meu Pai?
- A sorte da minha foice cega, tagarela!
Diz a morte na janela.
-
Radyr Gonçalves
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