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Tem uma leva de melancolia nos meus olhos
Tem uma saudade estampada nos umbrais da minha alma
Que faz jorrar este choro dominical
Eu era menino quando fiz um aviãozinho de papel
Que cruzava meu céu particular
Eu tinha toda a inocência do mundo
Quando meus barquinhos de crepom cruzavam meus mares de lama
Tem um cenário de deserto no meu quarto
Tem uma corrente triste que vez por outra o vento trás
São inquietantes certas lembranças do passado
Eu era criança quando as flores bailavam nas primaveras
Eu era santo quando rezava acreditando em milagres
Tem uma levada de nostalgia nestas minhas recordações
Eu escrevo tudo isto com os olhos inundados
É que vejo que a ampulheta do tempo consome as folhas
Das histórias que eu criava no passado...
Eu ainda consigo ver meu aviãozinho cortar os céus das tardes de outro tempo.
Radyr Gonçalves
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