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Tinha quatro amigas. Para ele cada fase da lua era uma lua diferente. Falava de botões de flor, de lágrimas vencidas, de um pequeno passado minguado. Abria a portinha pra lua cheia entrar e ficava lá contando das outras três amigas. Nunca esquecera a dor de ver a mãe partir. Nunca esquecera a não fotografia do pai que não teve. Tinha fome de mão, de toque, de afeição. A lua amiga, cheia de seios, tocava invisível a face pálida daquele menino que nem imaginava que na lua está a morada dos espíritos das mães.
*
Radyr Gonçalves
Comentários
são lindas...
te adoro!!!
bjus da amiga:elly
como tudo que escreves
perfeito como vc viu
xeroooooo