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(A Erilva Leite)
Extremoz, fevereiro de 2017)
♣
Desconstruo minhas prisões
E ainda assim me são muitos os muros
As celas, os grilhões
Os bíbulos mortos que temem em assombrar-me
Dias tanados – meio-dia/tom de noite
O bambaré dos ventos anunciando tufões
A polografia no mapa de um anjo
Percebo-me preso cada vez que penso na palavra liberdade
Minha santa osfresia – sinto o cheiro do cio das sereias atiçando os tritões
E o sabor acre do suor dos deuses nos rios da minha língua
E morro a míngua
Nesse calabouço de estupidez
A razão – senhora maior
Olha-me da porta
A emoção – essa moça risonha
Que faz-se de morta
Ri-se de mim toda vez que falo
Liberdade, liberdade!
- Sinto como se um carrasco chicoteasse minhas costas...
(Eu nunca encaro a razão!).
-
Radyr Gonçalves
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